BRUNO CANAAN

COLABORADORES
Capa Bruno Canaan
Foto Gil Braga
Sunga
Code 22

A trajetória do multi talentoso

Como foi o processo de seleção para o reality show e como você se preparou para participar?

O processo de seleção para o “Jogo da Sedução” foi desafiador e criterioso, principalmente pela minha falta de experiência na época. Algo que nunca tinha feito antes em todos os sentidos… O processo de seleção para o “Jogo da Sedução” envolveu etapas cuidadosas para identificar candidatos homens que se inscreveram através de uma revista do programa. Fui convidado para uma entrevista pessoalmente em SP. Ali começava minha trajetória no programa com centenas de candidatos. Passaria por uma seleção com o objetivo de compor duplas com mulheres, formando assim um casal de concorrentes que disputavam o prêmio. E através do meu carisma, atratividade e habilidade, e muita vontade de entrar, fui selecionado pelo perfil que a produção estava querendo. Como participante, tive que demonstrar não apenas meu apelo visual, mas também minhas capacidades interativas e estratégicas de conquista, como por exemplo: Minha visão como homem de como as mulheres me atraem com seu poder de sensualidade. Onde apliquei técnicas que desenvolvi com minha parceira de programa. Para me preparar, concentrei-me em aperfeiçoar minha presença e expressão, tanto fisicamente quanto psicologicamente, para garantir que pudesse me destacar nas dinâmicas do programa junto a ela, que estava pronta para o que der e vier. Minha função era de treinador de sedução, conhecido no programa como “Seduction coach”. As mulheres foram todas selecionadas pela revista Sexy na época em 2006 em parceria com a TV Band. Disputavam quem seria a mais sedutora com a maior pontuação final, que iria seduzir e mexer mais com o público que votava durante o programa. Não havia eliminação!

 

Quais foram os momentos mais memoráveis ou marcantes para você durante o reality show?

Durante o “Jogo da Sedução”, os momentos mais marcantes para mim foram os desafios onde tive que utilizar minha capacidade de sedução e estratégia. O jogo exigia não apenas atração física, mas também inteligência emocional e habilidade para entender e influenciar minha parceira de programa, a seduzir até na forma de se falar e gestos. Vencer desafios que combinavam sedução com táticas sociais foi extremamente gratificante, e essas vitórias ressaltaram minha evolução no jogo, consolidando minha confiança e destreza em sedução e persuasão. Além disso, formar conexões autênticas com outros participantes em um ambiente tão competitivo foi uma experiência única que valorizo profundamente. Mas o momento mais memorável foi quando fomos os grandes vencedores desse reality show.

 

Como foi a experiência de participar e vencer o reality show “Jogo da Sedução” em 2006?

Participar do “Jogo da Sedução” em 2006 foi uma aventura repleta de desafios, aprendizados e momentos intensos. O formato do programa, centrado na sedução e estratégia, exigiu que eu mergulhasse profundamente nas dinâmicas sociais e emocionais, usando meu charme e inteligência para avançar nas etapas e interagir com os outros participantes. Vencer o reality show não foi apenas uma questão de atrair os holofotes para mim; foi um processo de autoconhecimento e de explorar a arte da sedução em sua essência. Essa vitória marcou um ponto de virada na minha carreira, pois não só ampliou meu reconhecimento público como também abriu portas em diferentes esferas do entretenimento, solidificando minha imagem como um ícone de sedução e sucesso. A experiência foi transformadora, ensinando-me a equilibrar força e sensibilidade, e mostrando que o verdadeiro jogo da sedução vai além da aparência, englobando a capacidade de conectar-se genuinamente com as pessoas e entender suas motivações. Utilizei uma das melhores técnicas de sedução, ao meu modo de ver: o olhar penetrante!

 

Como você lidou com a fama repentina após vencer o reality show?

Após vencer o “Jogo da Sedução”, lidei com a fama repentina mantendo uma mentalidade focada e resiliente. A vitória no reality show trouxe uma atenção considerável do público e da mídia, o que exigiu de mim uma adaptação rápida a essa nova realidade. Compreendi a importância de gerenciar minha imagem pública com cuidado, aproveitando as oportunidades para fortalecer minha carreira no entretenimento e na moda. Cercar-me de um bom círculo de confiança, incluindo amigos, família e profissionais do setor, foi crucial para me manter centrado e focado nos meus objetivos de longo prazo. A experiência no programa, como mostram os trechos e momentos de destaque do reality disponíveis online, ajudou a solidificar minha imagem como um competidor carismático e talentoso, ampliando meu alcance e abrindo portas para novas oportunidades profissionais. Isso me abriu portas para participar de programas de TVs em emissoras de televisão e o convite para ser capa da famosa revista masculina da época, a G Magazine.

 

Como você acha que sua carreira teria sido diferente se não tivesse vencido o “Jogo da Sedução”?

Se eu não tivesse vencido o “Jogo da Sedução”, minha carreira certamente teria deslanchado de outra maneira. Sempre fui em busca de sonhos e realizá-los, sempre dando o meu melhor. Com certeza faria acontecer por outros caminhos. A vitória no reality show proporcionou uma exposição significativa, que foi fundamental para solidificar minha presença na indústria do entretenimento. Sem essa plataforma, meu percurso para ganhar notoriedade e estabelecer minha marca no mercado poderia ter sido mais lento e exigiria abordagens alternativas para criar oportunidades. Apesar disso, minha paixão pela minha vontade me motivaria a persistir e buscar novos caminhos para o sucesso, confiando em meu talento e determinação para alcançar meus objetivos profissionais. A experiência e visibilidade adquiridas no “Jogo da Sedução” aceleraram minha jornada, mas acredito que, com minha dedicação e esforço contínuos, eu teria encontrado outras formas de fazer minha marca no mundo do entretenimento.

Como foi o processo de decisão para aceitar ser capa da “G Magazine” em 2006 e novamente em 2009?

Aceitar ser capa da “G Magazine” em 2006 foi um desafio desconhecido para mim. Não sabia da proporção da revista e para falar a verdade, nem o que ela causava nas pessoas. Eu, particularmente, não conhecia e nunca tinha visto uma revista G. Eu tive que comprar uma na época para ter conhecimento real do que ela mostrava. Mas fiz e foi um sucesso enorme. Tanto é que fui escolhido pela própria revista, em uma edição especial de dezembro de 2007, os 10 mais gatos e melhores da revista, onde vincularam fotos inéditas do primeiro ensaio que não foram vinculadas em 2006. E novamente em 2009, através de leitores que pediram uma nova capa do já conhecido modelo e vencedor do Jogo da Sedução da Band, Bruno Canaan, agora mais maduro. Fui convidado e aceitei fazer mais uma vez. Daí foi uma decisão estratégica para mim. Eu entendi o potencial dessas oportunidades para aumentar minha visibilidade e fortalecer minha marca no cenário artístico. Cada ensaio fotográfico foi uma experiência enriquecedora, permitindo-me expressar minha personalidade e sensualidade. Essas capas se tornaram marcos importantes em minha carreira artística até o momento, representando não apenas meu trabalho como modelo, mas também a consolidação da minha imagem pública e profissional. Eles foram, sem dúvida, divisores de águas, ajudando a moldar o caminho que minha carreira artística seguiu depois.

 

Qual foi a reação das pessoas próximas a você quando souberam que você seria capa da revista?

As reações foram mistas, mas predominantemente positivas. Meus familiares entenderam que essas oportunidades eram importantes para o meu crescimento profissional. Eles me apoiaram, ressaltando a importância de manter a integridade e os valores pessoais em meio ao sucesso e à exposição pública.

 

Como foi o planejamento e preparação para o ensaio de capa da “G Magazine” em termos de forma física e mental?

Para os ensaios da “G Magazine” em 2006, foi uma interpretação de uma sobrevivência em uma ilha deserta nua. Aí tive que deixar a barba crescer, cabelos grandes e pelos mais aparentes no corpo, apesar da minha idade, só 23 anos. Foi desafiador, simplesmente pelo fato de ser a primeira vez que faria fotos nu e como mostrava a revista em um ambiente externo. Foram dois dias de ensaio fotográfico na praia, cachoeira e pedras. Não tinha recurso que facilitava eu ficar em ponto de bala na época e no local das fotos, afinal era na natureza. Mas eu usava a imaginação e revistas pornográficas para estar pronto para as fotos com facilidade. Kkkk. Já em 2009, o processo de planejamento e preparação foi diferente. A proposta era em um ambiente interno, feito em um bar. Eu já estava mais velho, 26 anos, e na época usei para ficar preparado para as fotos vídeos eróticos através de fita cassete. A revista, com contexto “Inverno Hot”, já estava acostumado em ficar pelado na frente da produção e foi mais tranquilo e mais rápido para fazer porque era em um só ambiente. Em ambas as revistas, eu me dediquei bastante tempo a aprimorar minha forma física através de treinamentos rigorosos e uma dieta específica para alcançar uma estética ideal para as capas. Mentalmente, preparei-me para estar confiante e seguro, focando em transmitir a energia e o carisma que as sessões fotográficas exigiam. Esses trabalhos foram fundamentais na minha carreira, marcando uma transição importante na maneira como eu era percebido no meio artístico.

 

Como o ensaio de capa da “G Magazine” impactou sua carreira e sua imagem pública?

O ensaio de capa impulsionou significativamente minha carreira, aumentando minha visibilidade e estabelecendo minha imagem como um ícone de sensualidade e estilo no mercado. Isso abriu portas para campanhas publicitárias, participações em eventos e projetos em diferentes áreas do entretenimento.

Acredito firmemente na importância da representatividade na mídia para a comunidade LGBTQ+. É crucial que haja uma diversidade de vozes e histórias sendo contadas, para que todos se sintam vistos e ouvidos. Isso contribui para a quebra de estereótipos e promove uma sociedade mais inclusiva e empática.

 

 

O que o motivou a seguir a carreira de ator após sua experiência como modelo?

Após minha experiência como modelo, senti a necessidade de explorar novas formas de expressão artística. Até que recebi um convite para atuar em uma conceituada peça teatral já com bastante sucesso em São Paulo, e com uma nova versão que teria em Belo Horizonte. Me desenvolvi como ator, me profissionalizei. Tirei meu DRT. A atuação surgiu como um campo onde poderia mergulhar mais profundamente em diferentes personagens e histórias, desafiando-me e crescendo como artista.

 

Como foi o processo de preparação para os personagens que interpretou nas peças de comédia?

Na preparação para os personagens de comédia, me joguei em estudar e praticar bastante… Muitos ensaios! Aprendi literalmente na prática, já atuando e contracenando com bons atores que dominam a arte de fazer rir. Aprendi a improvisar e a entender melhor como fazer as pessoas rirem. Foi muito importante pegar o jeito de quando e como fazer as piadas certas no palco, e também criar uma vibe legal com a galera que assistia, para que as risadas rolassem soltas. E sem sombras de dúvidas, a mentoria dos diretores que eu tive foi essencial para que eu pudesse dar o tom necessário aos personagens que interpretei.

 

Quais foram os maiores desafios que você enfrentou ao atuar em peças de teatro ao vivo?

Os desafios incluíram lidar com o nervosismo das apresentações ao vivo, adaptar-me rapidamente a imprevistos durante as performances e manter a energia e o entusiasmo com os atores com quem eu contracenava e com o público, garantindo que cada apresentação fosse única e envolvente.

 

Quais foram os feedbacks mais significativos que você recebeu do público e da crítica sobre suas performances teatrais?

Os feedbacks mais significativos sempre foram o retorno de risos e os aplausos em cena aberta e no final de cada apresentação. E motivante e significativo. Mas também aqueles que reconheceram a autenticidade e responsabilidade que coloquei em cada personagem. Críticas positivas destacaram minha capacidade de transmitir emoções e criar uma conexão com o público, enquanto as construtivas ajudaram no meu desenvolvimento artístico no palco e aprendizagem.

 

Você tem interesse em expandir sua carreira de ator para atuar em novelas? Se sim, qual seria o tipo de personagem que você gostaria de interpretar?

Sim, tenho interesse em atuar em novelas, e também em séries e com certeza também no cinema. Gostaria de interpretar personagens complexos e multifacetados, que desafiem estereótipos e tragam profundidade e nuances, contribuindo para histórias envolventes e significativas.

 

Quais são seus maiores desafios como digital influencer?

Os desafios mais complicados de ser um influenciador digital são ficar verdadeiro com quem eu sou enquanto tento agradar a quem me segue, ficar por dentro do que está na moda nas redes sociais sem perder minha identidade, e lidar com o fato de estar sempre no olho do público e ser muito observado.

 

Como você lida com críticas e feedback negativo?

Lido com críticas e feedback negativo mantendo uma perspectiva equilibrada. Valorizo as críticas construtivas para o meu crescimento, enquanto aprendo a não levar para o lado pessoal aquelas que são destrutivas ou infundadas.

 

Como é a sua relação com seus fãs e seguidores nas redes sociais?

Minha relação com fãs e seguidores é baseada no respeito e na gratidão. Procuro interagir de forma genuína e transparente, compartilhando aspectos da minha vida e carreira, ao mesmo tempo em que valorizo o apoio e o carinho que recebo deles.

 

 

Quais são seus rituais de preparação antes de uma sessão de fotos ou gravação?

Antes de uma sessão de fotos ou gravação, me preparo esteticamente da cabeça aos pés. Concentro-me em exercícios físicos mais intensos na véspera das fotos para sempre estar na melhor forma para aparecer bem em gravação e, principalmente, ensaios fotográficos, mantendo a calma e o foco naquilo que eu faço de melhor, na minha concepção, onde flui com muita dedicação.

 

Quais são os seus maiores objetivos profissionais para o futuro?

Meus maiores objetivos profissionais incluem continuar crescendo e evoluindo como artista, explorar novas áreas e gêneros na atuação, e estabelecer uma plataforma que me permita influenciar positivamente e inspirar pessoas em todo o mundo em cuidados na estética e saúde em geral, vestimentas, no turismo e outros.

 

Como foi sua trajetória desde que iniciou sua carreira como modelo profissional aos 18 anos?

Minha trajetória desde o início como modelo aos 18 anos foi uma jornada de constante aprendizado, superação de desafios e adaptação a diferentes contextos da indústria. Cada etapa, desde trabalhos locais até campanhas internacionais, contribuiu para meu crescimento pessoal e profissional.

 

Qual foi o momento mais marcante da sua carreira como modelo até agora?

O momento mais marcante foi ter ganhado um reality show e ter, através dele, um reconhecimento nacional como artista. E minhas conquistas também nos concursos de beleza que participei ao longo da minha carreira, onde fui o vencedor.

 

Quais são seus maiores arrependimentos ou lições aprendidas ao longo da carreira?

Meus maiores arrependimentos giram em torno de oportunidades que não aproveitei por medo ou insegurança. As lições aprendidas incluem a importância de acreditar em mim mesmo e de tomar decisões baseadas não apenas em critérios imediatos, mas também no meu verdadeiro potencial e objetivos de longo prazo.

 

Como você se vê daqui a 10 anos, tanto pessoal quanto profissionalmente?

Daqui a 10 anos, me vejo consolidado em minha carreira, tendo alcançado um equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Espero ter explorado ainda mais o campo da influência e contribuído significativamente para projetos que admiro, vivenciando uma vida rica em experiências e aprendizados. E, é claro, ter bons trabalhos remunerados para ter uma vida financeira abundante.

 

 

Chegar aos 40 anos traz uma mistura de reflexão e expectativa. Reflito sobre as conquistas e aprendizados passados e sinto-me entusiasmado pelo que está por vir (novidades estão chegando!). Vejo essa idade como um marco para avaliar a vida, definir novos objetivos e abraçar as oportunidades futuras com sabedoria e muita garra e vontade de fazer acontecer.

 

Quais são suas memórias mais queridas da infância e como elas influenciaram quem você é hoje?

As minhas memórias mais queridas da infância são as minhas vivências com minha avó materna e minhas brincadeiras de bola na rua. Esses momentos perto da minha família me ensinaram o valor da união e da força para enfrentar desafios. Essas experiências moldaram meu caráter e paixão pela vida, refletindo em quem sou hoje, tanto na minha vida pessoal quanto na profissional.

 

Como você lida com a autocrítica e como ela influencia suas decisões?

Lido com a autocrítica de forma construtiva, usando-a como ferramenta para autoavaliação e crescimento. Ela me ajuda a refletir sobre minhas ações e decisões, guiando-me para melhorar continuamente e manter o alinhamento com meus valores e objetivos. E sempre ser o melhor do que eu fui ontem dentro das possibilidades.

 

Como você se define como pessoa em três palavras?

Defino-me como persistente, resiliente e autêntico. Essas características refletem meu compromisso com minha carreira e vida pessoal, minha capacidade de superar desafios e minha dedicação em manter a verdade em todas as minhas ações.

 

Como é a sua relação com sua cidade natal, Betim, e com suas raízes mineiras?

Minha relação com Betim, onde nasci e cresci, é profunda e marcante. É uma cidade metropolitana de Belo Horizonte, onde tenho orgulho de ser betinense e levar o nome da cidade comigo, representando-a por onde eu passo. O calor humano, a cultura rica e as tradições de Minas Gerais estão entrelaçadas na minha identidade. Essa herança mineira me dá uma base sólida de valores familiares e comunitários, influenciando meu comportamento e decisões, tanto na vida pessoal quanto na carreira profissional.

 

Quais conselhos você daria para jovens que desejam seguir uma carreira semelhante à sua?

Para jovens buscando seguir uma carreira semelhante à minha, meu conselho é abraçar plenamente suas raízes e identidade, buscar inspiração nas suas experiências de vida e permanecer fiel aos seus valores e sonhos. A persistência, a dedicação ao aprimoramento contínuo e a capacidade de adaptar-se às mudanças do setor são fundamentais. Além disso, valorizar as conexões humanas e aprender com cada experiência pode abrir caminhos e oportunidades significativas na carreira. E sempre acreditar nos seus sonhos e objetivos, correr atrás. Uma hora Deus abre as portas, e você entra e faz o seu melhor para que aconteça.

 

ANDYN RAMOS

PUBLISHER

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