MICHELE MUNIZ

COLABORADORES
Capa Michele Muniz
Foto Izlo Buck
Beleza Axel Cardoso
Styling
Márcia Dornelles
Assessoria Márcia Dornelles Comunicação
Acessórios Miau Semi-Joias
Agradecimentos Roxy Produções

 

Michele Muniz, a arte a serviço da sociedade

 

 

Michele Muniz é uma talentosa atriz de teatro,multifacetada empreendedora cultural que recentemente deixou sua marca no cinema brasileiro como uma das protagonistas do longa-metragem “Licença para Enlouquecer”, dirigido por HSU Chien. O filme estreou em abril, emocionando e divertindo o público em todo o Brasil. Michele, além de co-roteirista ao lado de Mônica Carvalho, recebeu críticas elogiosas por sua atuação.

Agora, Michele se prepara para um constante desafio: uma mini turnê pelo país com sua oficina de formação para professores, “Contando Histórias, Criando Mundos”. Esse projeto promete uma grande imersão no universo dos educadores, suas rotinas e como a arte, através da ferramenta teatral, pode colaborar com esses profissionais, destacando-se como um importante movimento de estímulo e despertar para o ofício e a criatividade dos professores do nosso país. Em uma entrevista exclusiva para a revista Atitude, Michele posou em um ensaio produzido com acessórios da Miau Semijóias no estúdio fotográfico da Roxy Produções. Aqui, a artista compartilha detalhes sobre sua carreira e novos projetos.

 

 

Confiram abaixo nosso bate-papo com a atriz:

Michele, como foi o início de sua carreira nas artes cênicas e sua trajetória até o momento?

Eu comecei a estudar teatro na minha pré-adolescência em uma oficina gratuita na minha cidade, Ribeirão Pires. Na sequência, entrei para o curso profissionalizante do Ewerton de Castro em São Paulo. Foi meu primeiro contato com tantos mestres que guardo profunda admiração: Walter Loo Gregório, Antônio Rogério Toscano, Eraldo Rizzo, entre outros. De lá, saí com meu DRT de atriz e ingressei aos 17 anos na faculdade. Fiz o curso de Comunicação das Artes do Corpo na PUC-SP, onde estive em contato com grandes mestres, como Francisco Medeiros, José Rubens Siqueira e Mirian Rinaldi. Após a formação, segui minha trajetória trabalhando com teatro pelo Brasil, itinerando com diversos espetáculos que tinham como motivação democratizar a cultura. Depois, passei a escrever para teatro e produzir. Alguns anos depois de muita prática, voltei à academia para fazer minha especialização na FAAP em roteiro para Cinema e TV. Desde então, passei a escrever para o audiovisual.

 

“Licença para Enlouquecer” é uma história focada em três mulheres. Como você vê as possibilidades de termos mais histórias femininas nesse gênero?

Vejo com otimismo e entusiasmo. As mulheres são potência e têm ocupado cada vez mais seus lugares, que é justamente onde a mulher quiser estar. Histórias de empatia, sororidade e superação fortalecem um novo olhar sobre a mulher na sociedade. Em “Licença para Enlouquecer” somos maioria no roteiro, no protagonismo, e temos a Silvia Gangemi, nossa diretora de fotografia, que fez um trabalho impecável com as imagens deslumbrantes que revelam o paraíso brasileiro, Maragogi, em Alagoas. Mulheres na assistência de direção, nos figurinos, na direção de arte; tivemos um clima de muita colaboração e enaltecimento feminino para que isso chegue à tela e também inspire mais mulheres.

 

 

Você acredita que o cinema nacional está de volta com força total?

Estamos em um momento oportuno para a arte, cultura e crescimento do audiovisual. A comédia no cinema brasileiro é uma tradição. Somos um país de bons atores, que são os alicerces de nossas produções. Eu vejo a força do nosso cinema nessa variedade de comédias que buscam conversar com o mundo inteiro. Hoje, através do streaming, nossa obra chega a diversos países, e podemos comunicar, divertir e emocionar. Vejo a força do nosso cinema em ser uma atriz que ocupa hoje um lugar que há bem pouco tempo não era dado a atrizes de cabelos cacheados, pele escura, traços afros. O lugar de protagonismo ao lado de outras mulheres potentes. Sem dúvidas, estamos retomando com força total.

 

Como surgiu a ideia de criar a oficina de formação “Contando Histórias, Criando Mundos”?

Recebi um convite do Sesc, parceiro de longa data de minhas produções culturais, e desenvolvi para os professores uma formação em Contação de Histórias com elementos práticos e teóricos vindos do teatro, que é a base da minha formação. A ideia é equipar ainda mais os mestres da educação, aliando a arte e tudo que ela propõe: imaginação, criatividade, reflexões, um vasto espírito estético e crítico, para que os professores repliquem em suas salas de aula, ao seu modo, contações de histórias e dinâmicas eficazes para o melhor aprendizado de seus alunos.

 

ANDYN RAMOS

PUBLISHER

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