GHABI

COLABORADORES
Foto  – Caio Viegas
Make e hairMonique Simonato
StylistJoão Lopez
Assessoria – Ariprensa

 

Cantora Ghabi fala sobre processo criativo do EP “MAGREB LATINO” e sua trajetória na música

Assumindo a sonoridade pop maduro, Ghabi coloca no mundo seu mais novo trabalho musical, o EP “Magreb Latino” e fala quais foram suas motivações para criação do projeto que resgata sua ancestralidade.

“Eu sinto que precisava mostrar ao público e ao mercado o meu amadurecimento artístico de uma maneira mais consolidada. Então vir com esse trabalho mais completo, onde cada música conta um capítulo de toda essa história, era o que fazia mais sentido nesse momento”, explica Ghabi.

A cantora conta também, como foi toda o processo criativo de “Magreb Latino”, que antes de planejar o projeto, ouvia muita música do Oriente Médio, em principal as canções da Arábia Saudita. E assim, foi compondo as músicas, com alguns amigos já de costume.

“Tenho ouvido muita música do Oriente Médio, especialmente da Arábia Saudita, e já tinha algumas ideias na cabeça. Durante o processo criativo me reuni com alguns amigos com quem já componho, como Feyjão, Amanda Coronha, Lary, Marianna Eis, Julia Joia, Liza Lou, Lucas Carvalho, e fomos escrevendo as músicas e montando as melodias. Uma curiosidade é que Não Vou Mais Ceder não faria parte do disco, porque essa música foi escrita como um pagode, para o álbum de um famoso pagodeiro. Porém, me apaixonei tanto por ela que briguei para que ficasse comigo”, ressalta.

 

 

Logo, Ghabi conta que, já com as letras prontas, foi ao estúdio de um amigo para começarem a produzir, colocando línguas brasileiras.

“Fui para o estúdio do Ariel Donato já com as letras e melodias prontas e começamos a produzir mesclando elementos brasileiros, que sempre foram a marca da minha discografia, com esses novos elementos que eu vinha trazendo da música saudita. Transformamos o pagode de Não Vou Mais Ceder em pop. Assim nasceu o Magreb Latino”, explica.

A música na vida da artista sempre foi muito importante, pois ouvia muitas melodias diferentes e foi daí que a paixão por ser cantora e a ideia desse projeto renasceu.

“Eu amo a música pop, eu cresci ouvindo isso. Eu amo dançar, amo me expressar através do corpo, porém sentia muita falta de uma música pop que me representasse, que me fizesse ter vontade de sair para dançar. Nessa era do viral de 15 segundos e coreografias repetitivas, sentia falta de um pop adulto, uma faixa para ser ouvida por completo, sozinho ou a dois. O último álbum da Beyoncé trouxe essa sensação para mim, que ainda podemos ocupar as pistas de dança mesmo sem saber as dancinhas do tiktok, um pop maduro, disco, sexy”.

O trabalho de Ghabi pode ser ouvido por todas as faixas etárias, onde mulheres acima dos 30, recuperem também, seu espaço nas pistas de dança.

“Com esse trabalho eu quero dizer que as mulheres acima dos 30 podem e devem recuperar seus espaços nas pistas de dança sim, sendo lindas e sexys. Chega da ditadura das “novinhas” nas letras e coreografias”, complemente Ghabi.

 

 

CARREIRA
Ghabi gosta de escrever sobre sentimentos reais, vontades reais ou situações que já viveu. A artista vai compondo ao longo dos dias, em momentos que a criatividade aflora, deixando as ideias guardadas no bloco de notas. Ela também gosta de se reunir com outros amigos músicos e transformar as minhas poesias em música.
De origem latina, ela cresceu ouvindo as cantoras Shakira, JLO, e muita música brasileira, que também tem bastante das batidas latinas.

“Eu amo a musicalidade dos tambores, atabaques e beats que vão desde o Olodum até o J Balvin. Somos hermanos e estamos todos conectados artisticamente de alguma maneira”, conclui.

A cantora fala ainda dos maiores desafios que já viveu nesse meio artístico: “Nossa, são tantos… Começando por eu ser mulher e mãe. Parece que nunca tem lugar para a gente e que a gente só será bem-vinda nesse meio se for uma menina solteira de 20 anos. Não importa a sua trajetória ou o quanto você se qualificou para estar ali. A mulher ainda é vista – e principalmente no mercado do entretenimento, como um objeto de consumo masculino. Se você não se enquadra nos requisitos que facilitem o consumo masculino com um objeto sexual, ou seja, bem nova, solteira, magra, gostosa, certamente seu caminho será mais longo”, explica a cantora.
Ghabi ressalta muito a mulher independente, pois ela diz que as mulheres não foram feitas só para ser mãe e dona de casa, mas sim, correr atrás dos seus sonhos e objetivos para ter um bom futuro, ainda mais nesse lado artístico, que tem muito preconceito.
“Em segundo lugar, coloco a luta da artista independente. É muito difícil construir uma carreira consistente sem grana, e por outro lado, o mercado de eventos não se abre para apoiar os artistas que estão começando. Sem querer desmerecer ninguém, mas são sempre os mesmos artistas ocupando os lines de eventos, festas e festivais. Mais do mesmo, enquanto temos tanta gente batalhando por um cachê que ajude a pagar as contas e não desistir do sonho”, ressalta ela.

“Por fim, vou citar a falta de profissionalismo que ainda permeia o nosso mercado. Muita gente sem compromisso, amadora, cheia de ego. E isso vai de artistas colaboradores às equipes que os cercam. Mas ainda assim, apesar de toda a dificuldade, tenho muita certeza da profissão que eu escolhi”, conclui.

 

ANDYN RAMOS

PUBLISHER

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